o dono da rua.

Todo dia, seja a hora que for: 6:00, 7:00, 8:00... ele sempre está lá! Deve ter os seus sessenta anos de idade bem vivida. A cara fechada deve ser para assustar, me encara dos pés a cabeça quando passo em direcção ao dever, tenho certeza que só não me questiona porque devolvo o mal olhar. Sempre acompanhado de sua velha amiga que o auxilia nos passos vagarosos, short, regata, um foot da moda e sua inseparável toca do tricolor Paulista que esconde a cabeça um tanto quanto calva. Mesmo com frio trincando as canelinhas finas, ele sempre está lá, sempre, se sente o bam'bam'bam da rua. Conhece todos os seus moradores, mas não cumprimenta ninguém além dos malandros que empinam os peixe que voam e só não chuta os cachorros porque não tem mais tanta força nas pernas para isso... eu to ligado que a dele é ficar na porta do bar, nem precisa beber, doidão ele já é por si mesmo, gosta e de pagar de pá com seus camaradas. É, não existe idade para os velhos adolescentes.