endecha.

Acordou com o pé esquerdo, se levantou e não quis nem lavar a face salgada. Andam dizendo por ai que nada mudou e que tudo está bem, mesmo com ele asseverando tal mentira sórdida eu em particular não ponho as mãos ao fogo em forma de contesto.
Ando seguindo seus próprios passos, garoto, um a um, fundos no chão que depois de toda tempestade virou pura lama. Quão longe pode chegar por si só? - eu pergunto a ele e em voz desolada ouço algum murmuro com um certo tom de pudor; Eu não tenho mais para onde ir... - peguei-o pelo braço e arrastei até a ponta de uma desfiladeiro e apontei para baixo mostrando-lhe seu destino; É pra lá onde quer ir? Quer ser como estes que mancham as paredes azuis? - arregalou os olhos por ver o desencarno em queda livre; Te mostro o caminho de volta, te reensino tudo que já sabe, pela ultima vez. - e ali se levandou olhando no fundo dos meus olhos.

Doce como o algodão que flutua no céu, mas tão forte quando a descarga eléctrica que se forma em cada um. Há de soprar mais forte que vendaval, limpando toda a sujeira que foi deixada para trás; há de gelar mais que a mais nevasca, preservando sob o gelo memórias boas, agora intocáveis; há de esquentar mais que o fogo que arde e não se vê, devastando todo o mal que viver em seu caminho.