segunda-feira, junho 28

o encanto da sereia.

Me pegou de surpresa e na surdina se aproximou. Pouco a pouco fui me dando, me deixando levar pelo seu canto, como um amador. Mas tá diferente, somos iguais. Mesmo com anos ao seu lado nunca havia aberto os olhos para você, se quer deixou se levar pela minha lábia de malandro. Toco um samba só pra te contrariar, considerando também que meu passado deve ser levado como motivo de piada, o seu som faz bem mais a minha cara. Pra ser sincero, prefiro que o silêncio fale em meu nome e que o tempo deite sobre meu caminho e se for dominado, desejo morrer em teus braços acolhedores (...) e como dizia o mestre Caymmy "...é doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar". Me leve pra longe ó sereia e me mostre que ainda há nesse mundo um alguém em quem eu possa confiar.

quarta-feira, junho 23

fora da tua gaiola.

As vezes fraco, tem vezes que é forte, mas sempre se abala por quase nada (...) pra ser sincero, gosto dele assim (...) entre oito e oitenta vai levando. Uns vêm, outros se vão feito folha seca no vento, e os que realmente contam permanecem intactos nos seus devidos lugares. Conto os dedos das mãos e aponto para cada quem devo levar na mente. Se é caindo que aprendemos os valores da vida, deixo claro que enquanto tiver joelhos vou me levantar perante aos males do amanha, enquanto tiver meus amigos vou sorrir para o mundo lá fora e enquanto tiver forças para cantar hei de me apaixonar e entoar em voz os mais belos versos até que como pássaro eu aprenda a voar.

terça-feira, junho 15

noite fria.

Virei mais uma noite em claro. Infelizmente dessa vez não foi em meio a amigos regado à muito álcool, muito menos ao lado de quem amo, infelizmente a minha infelicidade foi minha única companhia. Estúpido foi olhar de cinco em cinco minutos meu celular esperando por uma mensagem dela dizendo que me ama mais que tudo e sem mim não sabe viver (...) com certeza mais estúpido foi meu ato ridículo procurando uma saída mais fácil para esse desfiladeiro. Quando a gente pensa que encontrou a paz em verdes campos a vida nos passa a perna de forma que vocês não têm idéia de como é difícil se levantar. Do meu dedo ainda não saiu seu nome e queria deixar claro que do peito tenho certeza que jamais há de sair e se esse é o fim da nossa canção não espero que termine em uma nota harmoniosa e sim em algo desconcertado e torto, porem eterno, como sempre foi.