fala a felicidade.

Muitos choram por um amor, outros porque dizem não ter nada (...) choram porque são fracos (...) não tirando um peso de culpa das minhas costa, mas conheci gente que está em uma bem pior e não se abate pelas banalidades. Com certeza foram mais de três horas rindo e cantando com Francisquinho (Prefeito), Cavalo de Tróia (Compositor) e os outros membros de sua trupe, auto-intitulada "Família Busca Pé" (...) nada menos que mendigos da cidade de São Paulo. Entre eles alguns do Maranhão, Bahia (...) não me interessa de onde vieram, nem o que são ou o que fazem. E foi ali que encontrei um cantor memorável, pessoas que poderiam levantar o astral de qualquer babaca que lamenta da vida sem se quer ter passado por um vinte avos do que qualquer um deles ali passou (...) e ainda passam. Ironicamente, encontrei-os no Parque da Juventude, Zona Norte de São Paulo, e para quem não sabe ali fora antes um dos maiores presídios dessa minha pequena grande cidade, o Carandiru (...) deixo que tirem suas próprias conclusões.

eu era feliz.

Os dias passaram mas eu continuo aqui, parado, pensativo. Não me passa mais nada na cabeça que não seja o sorriso que eu poderia ter tido. Ando observando o mundo com os olhos de um cego, aqueles olhos que se esqueceram de brilhar. Sei que um dia ainda vai ouvir falar de mim (...) com ouvidos de saudade que ecoaram em sua cabeça as nossas músicas preferidas. Não te desejo mal nem nada que há de ruim nesse mundo, simplesmente te desejo (...) e fim. Achava que as coisas seriam diferentes, mas como minha mãe me ensinou desde pequeno "quem muito acha, pouco encontra", e eu me provei crer em algo talvez inatingível. Não nego minhas felicidades, mas carrego no peito essa minha tristeza companheira (...) tristeza, essa que segundo uma amiga, faz parte da minha essência. Canto em tom baixo, aquela canção que ontem rabisquei pelas paredes do meu quarto, só para ninguém ouvir, de fato canto para mim, tornando assim tudo simplesmente amarelo. Há um dia atrás fui feliz, sem dúvida, e todos puderam ver e digo bem alto que amanha direi o mesmo sobre hoje (...) tornando sucessivo esse meu ciclo vicioso.

condicionador.

Alma limpa e cara lavada (...) não escondi uma vírgula. Falei, verdades que ontem se quer teria imaginado falar, acredito que a sinceridade é a graça do negócio (...) mas tudo se torna sempre tudo igual. Já tentaram me convencer que não, me dizer que não há nada mais belo que a voz do coração, mas sinceramente acho que não me importo mais com porra'nenhuma, ao menos prefiro dizer que não julgando a voz da tal razão que só me faz perceber que os maiores esforços são em vão. Quanto as tais das borboletas de barriga (...) não passam de uma dor que não te machuca te ferindo, mas sim incomodam com sua constância absurda de repentinas aflições que vem por dentro, tornando-se algo extremamente indesejado quando não reciproco. De fato (...) não quero mais saber do que pensam ou o que sentem os terceiros dessa minha fútil passagem (...) sei que vou me arrepender e até mesmo me contradizer sobre esses meus relatos de irá, mas de fato o tal do amor é uma merda.

voar.

Você devia estar aqui, ouvindo um som enquanto olha o mar. Deixar a magoa toda se partir como as ondas quebrando no ar. E quando você me encontrar vai perceber que na verdade não fui eu quem disse "adeus" (...) quando a gente se encontra vai perceber que na verdade a gente nunca nem se prometeu. Eu vou ficar, vou ti esperar do lado de cá (...) enquanto a chuva leva a magoa do passado a gente brinca, se diverte a gente se distrai. É só em nós que encontro a paz.

sobre ela e meus segredos.

Mulher, hoje tem 19 anos, cabelos longos cabelos loiros, pele branca e macia, magra, olhos escuros e 'puxados'. Há três anos que a conheço... entre idas e vindas. Foi em um show que por acaso a vi pela primeira vez, no meio de mais de cinco mil pessoas, e por incrível que pareça a gente nem trocou contatos, mas logo de primeira já me encantei. Meses depois fora ela quem me adicionou em um site qualquer de relacionamento, mesmo sem saber que era eu o rapaz do show, e por incrível que pareça, tínhamos mais amigos em comum do que 'coincidências'. Saímos, e foi tipo assim... mágico(?)... mas infelizmente um mês depois as coisas pararam por ali. O tempo foi, se passou, não nos falamos por semanas, meses... Os anos se passaram, e hoje, três anos após nossos desencontros a vejo, dificilmente, pelas ruas de São Paulo, com uma cerveja em nossas mãos ou apenas para por o papo em dia, mas ontem (...) Ontem foi diferente. Íamos ao cinema, ao mesmo cinema, no mesmo shopping, assim como nosso primeiro-segundo encontro. Ela como de costume chegou atrasada, mas isso para mim sinceramente não importa. Jantamos juntos, e acabamos não indo ao cinema, fomos a praça. Conversa vai conversa vem, e notei que até mesmo seu jeito de falar me encanta, cada virgula em suas frases, as palavras que usa, sem contar o timbre de tua voz. Fomos embora, e eu me segurei duas vezes para não fazê-la se lembrar do nosso pra sempre que um dia acabou (...) hoje acordei (...) extremamente arrependido, eu diria. De fato ela mexe comigo, e se disser que já me bate a saudade não estarei mentindo.