sexta-feira, outubro 30

mas nem fui eu que escolhi.

Eu tenho uma irmã, Fernanda para os que não conhecem, e nós costumamos não nos dar bem (...) briga pra cá, tapa pra lá, trinta dias sem se falar (...) mas esses dias em meio a uma das minhas brisas dentro do ônibus me lembrei de uma coisa e tinha que compartilhar com vocês (acho que é meu primeiro texto escrito assim, prometo que não se repetirá).
Quando era pequeno, antes mesmo de minha irmã nascer, era ligado muito a minha mãe. Recordo de quando ficou grávida e o dia inusitado em que ela me pegou no colo enquanto estávamos no sofá e me fez uma pergunta um tanto quando legal (...) ela deveria estar aproximadamente com seus sete ou oito meses de gravidez (...) "Heitor, mamãe vai ter um neném", eu sem se quer saber o porque do tamanho daquela barriga enorme e por onde a peste da minha irmã sairia fiquei maravilhado com a notícia, minha reação hoje seria algo de tamanha magnitude que a primeira expressão que sairia da minha boca iria ser sem sombra de dúvida algo como "CARALHO MEU! um neném" (mal sabia eu). Ela continuou a falar, e falar, algo como "e vai ser logo logo, falta só um pouquinho...e a mamãe ainda não sabe o que vai ser". Eu fiquei olhando com cara de quem não entendeu nada, e foi ai que surgiu tal pergunta que me atormenta. "Você quer o que? Um irmãozinho, uma irmã ou um duende?" (acredite se quiser), e nossa só faltou eu dar pulos no ar ao descobrir o que eu queria!
Eu escolhi um menino! Já imaginou eu com um irmão? Poderíamos brincar de pega-pega, Pik'esconde, bonequinhos, carrinho (...) e hoje em dia então, ia ser um inferno e meu irmão (...) minha nossa ia ser a minha alegria! Mas foi ai que minha mãe me retrucou "um menino? já pensou que ele pode roubar seus brinquedos pra ele?". Porra, acho que foi o momento mais assustador da minha vida, nem pensei antes de respirar, logo depois dessa notícia espantadora minha decisão logo mudou, um "MENINA!" escapou da minha boca sem mais nem menos (...) hoje descobri que logo depois da pior notícia, me veio a mais trágica decisão (...) e foi assim que minha irmã veio ao mundo.
Tempos atrás, me recordando da mesma história, contei para minha mãe tudo o que vocês acabaram de ler, sem mais nem menos (e adivinhem a reação dela). Minha mãe disse que fora nada mais que um sonho! (foi ai que ouvi a segunda pior notícia da minha vida). Imagina meu?! Mentira dela, ela tentou me fazer de troxa e eu acreditei, lembro desse fato como se fosse ontem, e vocês têm de ouvir de minha própria boca para ver como isso realmente aconteceu, te conto com uma convicção que não há "máquina'da'mentira" que me acuse! Mas paciência.
Seja o que for, sonho ou não, a única certeza que tenho nessa vida é a de que eu deveria ter escolhido um duende.

segunda-feira, outubro 26

alguém.

Procurei o amor (...) encontrei a vontade de rever um alguém que deixou a saudade de viver em paz, de ser o que alguém precisa para viver em paz (...) viver a paz que eu perdi ao me ver pensar que o vento há de soprar, há de te tocar, há sentir o aconchego de seus braços. Saber que pedi a ele que te toque em alma não é confortável, pois é em alma que ele há de ver se há alguém em meu lugar, mas espero é que ele encontre em alma a paz que há de me acalmar por saber que estás bem mesmo sabendo que não há minha presença.

terça-feira, outubro 20

i'll hold you close when you fall down.

Ontem olhei para traz e vi passar diante de meus olhos tudo que já aconteceu em minha vida, estranho? acho que não (...) Pessoas vieram, outras se foram, algumas marcaram mas muitas eu nem me lembro mais, seja como for (...) foram todas importantes. Talvez não seja tão bom quanto demonstro ser, talvez não seja tão legal, amável, seja o que for (...) pense apenas o bem, eu garanto. O rancor cravado no peito sumiu com o passar dos dias, o amor entalhado se foi (...) quando molhamos a madeira ela tende a embolorar. Mas como minha mãe sempre me disse "faça pelos outros o que você espera que façam por você" (...) as coisas vem e vão e o que levamos delas? Acho que é hora de apagar os desgostos e recomeçar (...) leve como um conselho.

sábado, outubro 17

submisso.

Só quem amou saber o que é amar, peço à quem nunca amou que não levante o dedo pra julgar a felicidade ou a tristeza de alguém que tem alguém pra lhe acompanhar. Quando um dia você encontrar o seu amor vai ser lembrar que um dia desses você me escutou a reclamar de uma velha paixão, mas tudo bem, só quem amou soube o que é um dia ter alguém. Disfarço a minha tristeza em versos de alegria, mas eu sei não é tão bom assim (...) eu sei. Um dia, quando a gente chegar no final, eu vou olhar pra traz e ver que você não me seguiu. E ai, quando eu lembrar que você foi aquele grande amor que só me fez crescer, eu vou sentir saudade de você, eu você sentir saudade de você (...) Ahh...

sábado, outubro 10

e ai?

- eu rio até hoje disso!
- é, e eu de janeiro (...)

tão longe.

Assim que o dia nasceu olhou para o céu branco, simplismente branco. Havia passado por um longo inverno, o friu jamais fora tão apavorante. As costas doiam pelo atrito com o chão duro, cheio de pedras ponte agudas. Já não era mais setembro e ele.


(...) ele já não era mais o mesmo.

quinta-feira, outubro 1